Caramba, Bruxas! É nosso aniversário de 2 anos e O ALÍVIO É GRANDE porque começamos a tirar o Brasil da fogueira. Temos novidade: agora você pode acessar todas as nossas news antigas! Inclusive a nossa nº1, que te fez aprender mais sobre a música Vaca Profana, lembra? Você já estava por aqui?
Nosso presente vai ser o acesso de vocês no nosso novo site, curtindo e comentando as suas edições favoritas da news. O que você acha?
E nossa news desse mês é temática: BRUXAS.
Muito obrigada por nos ler, reconhecer e recomendar!
Cassimila e Sarah
Vaca Profana
A religião é, até hoje, tema de importantes movimentos artísticos. Mas, você consegue imaginar o que seria de uma artista mulher do século XIX que dissesse que pintava obras com orientações de entidades? Bruxa na certa, né? Hilma af Klint foi uma artista sueca que se jogou na arte abstrata antes mesmo de homens que se tornaram muito conhecidos nessa técnica. No entanto, o que ficou escondido por mais de 20 anos a pedido da própria pintora, foram obras e mais obras - entre telas, textos e poemas - produzidas em sessões de psicografias. Foram 1400 pinturas e mais de 26 mil escritos revelados na década de 1960, que Klint escondeu por medo de ser mais uma paciente “clínica”. Pesado, não é? Ah, e ela tinha seu próprio aquelarre. Ela e outras 4 mulheres faziam parte de um grupo que se chamava “De Fem”, no qual estudavam o espiritismo e produziam todo tipo de arte. Te convido a conhecer mais sobre Hilma af Klimt neste vídeo. (SM)
Este é o meu momento!
Se tem um negócio que eu gosto desde criança (eu sei que soa meio esquisito, mas é realidade) é de filme de terror. Eu assisto filme de todo tipo e hoje eu vim recomendar um que você não sendo tão fã, vale 100% a pena. Garanto! Silenciadas é um filme espanhol que está no catálogo da Netflix e conta a história de um grupo de meninas acusadas de bruxaria. O roteiro é excelente e a fotografia é um impacto no peito de tão perfeita. Susto? Nenhum. Para assistir e digerir. (SM)
Ode à abóbora
Se tem um alimento que é versátil é a abóbora. Até agora, não consegui saber ao certo quantos tipos desse alimento existem. Enfeite para época do ano, eu sempre conheci aquela abóbora de Halloween como moranga. Para mim, ela é perfeita para rechear com creme de tofu e cogumelos; para assar, em fatias, com pimenta calabresa e sal. A abobrinha, recheada com o que você quiser, refogada com outras verduras, mas crua, assim, crua mesmo, com o tempero que você preferir, já comeu? E daí tem também a cabotiã, né? Que eu sinto uma falta danada lá no México e é perfeita para doce e para sopa. Tem umas que eu descobri recentemente, a “abóbora estrela”, que podem ser amarelas ou brancas, que são achatadinhas e têm forma de, sim, estrela, que é delicinha para refogar. Sem falar na butternut, perfeitinha para fazer "espaguete" que derrete na boca. Ah, e o bônus vai para a flor da abobrinha. Já comeu? Pois lá no México é uma iguaria, que se come assim, refogadinha, na sopa, e onde mais você quiser. (SM)
Novos tempos e Sumaúma
“Essa foi a vitória das mulheres que não querem ser tratadas como objeto de canto de mesa, querem ser tratadas como sujeitas da história! A mulher quer, ela pode e ela deve estar aonde ela quiser sem pedir licença!”
“O Brasil está pronto para retomar o seu protagonismo na luta contra a crise climática, protegendo todos os nossos biomas, sobretudo a Floresta Amazônica“.
“Quando uma criança indígena morre assassinada pela ganância dos predadores do meio ambiente, uma parte da humanidade morre junto com ela.”
“Combater a miséria é a razão pela qual eu vou viver até o fim da minha vida”
Ontem, no Brasil, foi um dia histórico por muitos motivos. Muitas forças, partidos, vozes se uniram para dar um basta na barbárie. Carentes de um discurso com responsabilidade e intenção unificadora, de um verdadeiro estadista, muitos brasileiros vibraram com a fala do presidente eleito Lula (eu incluída, chorando demais). Gostando ou não do Lula, demos uma grande passo pra fora dessa fogueira e o novo portal de jornalismo da Eliane Brum é pra você: Sumaúma. O lindo nome da grande árvore das Américas, abundante na Amazônia (que assim seja!). Eliane mora lá e chegou a declarar que, com a reeleição do desgracento, a Amazônia acabaria. (UFA!!!) Mas ela também reforça que a luta segue e o Portal Sumaúma, diretamente do centro da Amazônia, vai te manter bem informada, sem puxar o saco de ninguém. Saca só o discurso dessa bruxona poderosa quando ganhou o Prêmio Vladimir Herzog por seu livro-reportagem “Banzeiro òkòtó: Uma viagem à Amazônia centro do mundo” (tá na minha lista!). (CE)
Tem que ler
“Salém era isso. Uma comunidade onde saqueavam, enganavam e roubavam se escondendo atrás do manto de Deus.”
Em Eu, Tituba: Bruxa Negra de Salem, Maryse Condé narra em primeira pessoa a saga de Tituba. É ficção histórica de primeira! O caso das Bruxas de Salém é famosíssimo, tardio, considerando o auge da caça às bruxas na Europa, e tem até filme com a Winona Ryder. Se você já viu, já teve contato com a nossa Tituba (de forma bem coadjuvante). Aqui no livro, o ponto de vista é todo dela, a história é bem mais rica, inclusive em detalhes, e, escrita por uma autora de Guadalupe, feminista e ativista. Não podia ser melhor! Mais um trecho abaixo para deixar vocês com vontade de ler. (CE)
“O que é uma bruxa?
Percebi que em sua boca a palavra estava manchada de degradação. Como é isso? Como? A faculdade de se comunicar com os invisíveis, de manter um laço constante com os finados, de cuidar, de curar, não era uma graça superior da natureza a inspirar respeito, admiração e gratidão? Por consequência, a bruxa, se desejam assim nomear aquela que possui essa graça, não deveria ser adulada e reverenciada em vez de temida?”
Parabéns pelos 2 anos de Feganismo,
Sarah e Cassimila!
Também tá legal de ler por aqui, na nova plataforma