Olá, !
Vamos fazer um teste?
Pensa em um animal, o primeiro que te vier à mente. Anota.
Agora pensa em outro animal.
Agora em outro.
Anotou os 3? Agora pode seguir na leitura que aqui tem as respostas pro seu teste e muita coisa boa!
Abraços,
Cassimila e Sarah
Vaca Profana
Na Feganismo a gente tenta nadar contra a corrente e evita falar de datas comemorativas para não ficar datado e também porque acreditamos que aqui é um lugar para sempre homenagear mulheres e feitos extraordinários sem importar a efeméride. Mas, pegando carona no “Mês do Rock”, nossa Vaca Profana é Rosetta Tharpe, a VERDADEIRA criadora do Rock n’ Roll. Rosetta tocava sua guitarra na igreja, já em 1920. Muito antes de homens como Chuck Berry e Elvis Presley aparecerem por aí. Aos 4 anos, acompanhava sua mãe na guitarra enquanto ela cantava músicas Gospel. Inclusive, o “Rock ‘n Roll” vem da sua música “Rock Me”, de 1938. Ah, e o sucesso de Rosetta, que era uma mulher negra, nasce de uma época de segregação racial nos Estados Unidos. Ainda assim, seu talento e importância transcenderam os muros das igrejas e chegaram ao mercado da música “secular”, servindo de inspiração para os cantores já citados e também Johnny Cash, Bob Dylan e Jerry Lee Lewis. Em 1944, Rosetta teve a música “Strange Things Happening Everyday” no TOP 10 da Billboard, consagrando-ase como uma das artistas mais importantes da sua época. Rosetta foi casada, mas se divorciou e, segundo relatos, foi uma mulher livre, mantendo relações ao longo da sua vida com homens e mulheres. Sister Rosetta Tharpe, como era conhecida, morreu em 1973 por consequência do diabetes. (SM)
Virando o Jogo
Quando começamos essa news, eu estava em um momento da minha vida que a carne quase não era parte do meu dia a dia. Só que eu precisei procurar um nutricionista porque estava com alguns problemas de saúde, com muita gordura no corpo, e pronto. Mais uma vez, com o quarto profissional que fui na minha vida, disse que era fundamental que eu comesse carne por minha condição pré-diabética. E lá vamos nós de novo, comer carne em todas as refeições principais. Muita coisa mudou nesses quase 3 anos e uma delas foi que o esporte entrou com tudo na minha vida e melhorar a minha performance para poder, um dia, ser uma Triatleta, é meu foco principal. Tudo isso, comendo carne. Cheguei num ponto em que vejo pouca melhora em performance e meu treinador diz que eu preciso construir mais músculo. Só que, se 2 anos ininterruptos de musculação, comendo carne TODOS OS DIAS, não me faz ganhar músculo e melhorar, achei que estava na hora de inverter e virar o jogo. Fiquei inspirada para dar esse passo em me tornar, primeiramente, vegetariana, com o documentário “A dieta dos gladiadores” e também depois de passar 23 dias assistindo a corrida de ciclismo Tour de France. O doc traz evidências de como o veganismo era a dieta dos gladiadores, que eram “atletas de elite da época”, juntamente com entrevistas a atletas veganos contemporâneos. Dias depois, escuto um comentário do narrador da corrida, dizendo que os ciclistas, enquanto estão nessa competição, não comem carne durante os jantares, apenas vegetais. Pronto! Comecei na missão de procurar uma nutricionista focada em performance e com approach vegetariano/vegano e encontrei. Foi um alívio poder escutar algo diferente pela primeira vez e ouvir que, sim, é possível performar e ganhar músculos com uma dieta plant based. Apesar de dizer a ela que não tenho - ainda - a pretensão de ser vegana, há pouca coisa de origem animal no plano de reeducação alimentar que ela colocou. Só queijo branco. Portanto, posso dizer que 95% da minha dieta é vegana. Hoje começo minha terceira semana sem comer carne e me sinto bem. Achei que fosse sentir falta da carne ou que teria, nesse começo, uma diminuição de energia ou até mau humor e, na real, não tive nada disso. Preciso até comentar que, pela primeira vez em 3 anos, depois de um rolê de mais de 70km de bicicleta e quase 1000 metros de subida, cheguei em casa disposta. ISSO NUNCA TINHA ACONTECIDO. Se você está pensando em mudar sua alimentação, em consumir menos carne, vá em frente. (SM)
Transição para o Veganismo #8 - Médicos e profissionais da saúde
Vocês acabaram de ler o caso da Sarah, né? Então… e a pandemia nos escancarou uma realidade muito angustiante: profissionais da saúde que são anti vacina, anti saúde, e por aí vai. Logo, qual a surpresa com profissionais da saúde anti veganismo? Nenhuma. Eles estão por toda parte. Eles sabem o que estão falando? Muitas vezes não. Nutrição não faz parte do currículo da maioria das faculdades de medicina, e a própria faculdade de nutrição serve à essa mesma sociedade especista em que vivemos. Onde mora o dinheiro mora a pesquisa, então é possível encontrar, por exemplo, muitas pesquisas científicas falando dos benefícios de ingerir álcool: balela! Anteninhas de pé pra tudo que você vai ler e encontrar sobre dietas baseadas em plantas e na medida do possível escolha seus médicos entendidos e atualizados sobre o veganismo. E informe-se. Tem muita gente lutando para mais pesquisas e comprovações, amém!!!
Para aprender e se defender de ignorâncias recomendo:
Portal NutritionFacts: uma organização sem fins lucrativos que faz vídeos, livros e divulga um monte de pesquisas científicas sobre saúde, fortalecendo o movimento vegano. É em inglês, mas o site tem versão em espanhol e muitos vídeos tem legenda;
Livros e todo o trabalho do Eric Slywitch (Alimentação sem Carne), que inclusive tem curso para profissionais da saúde que querem se atualizar e atender pacientes vegetarianos/veganos;
Seguir boas nutricionistas como a Giovana Cesar.
Gosto de brincar que ninguém passa por essa vida ileso. Adoecer, cair, uma artrose, pegar uma gripe faz parte da vida e envolve vários fatores. Importante é se cuidar e compreender que a compaixão e a saúde pode ser praticada a cada prato. Isso me traz alegria demais! (CE)
Café da Manhã
Fizemos uma enquete no Instagram e muitas responderam que são fãs de Café da Manhã.
O que é café da manhã pra você? Cada cantinho do mundo tem seus costumes e adorei ter essa visão geral nessa matéria aqui. Já sou fã da India (vocês lembram da nossa news especial India, né?), gosto da ideia da sopa de missô, mas brilhei especialmente os olhinhos com a ideia da Tunísia que apareceu ali.
Por aqui em São Paulo e com acompanhamento de nutricionista aprendi a melhorar o desjejum e de quebra cuidar dos hormônios femininos. O que me marcou e comecei a praticar faz pouco é a regra: comece o dia com alguma comida mais proteica. Longe de reduzir o que comemos a nutrientes ou macronutrientes (carne não é proteína, pão não é carboidrato, tudo é muito mais e muito mais complexo, observe como te manipulam com esses termos!), essa regrinha me ajudou a reduzir episódios de cólica e tem a ver com controlar a absorção de glicose pelo corpo. Eu, que por muitos anos só comia fruta de manhã, imagina? Agora já venho aqui com algumas dicas pro seu café saudável, delícia e um tanto mais proteico (além de vegano, lindo, não-violento e antiespecista, óbvio):
homus ou hummus, essa pastinha maravilhosa de grão de bico que já teve espaço especial nessa nossa news de 2021: leia aqui;
essa panquequinha com semente de abóbora que eu amo e já tem reels aqui;
tofu mexido, te amo pra sempre! Pode colocar tofu amassado, azeite, cúrcuma, sal e outros temperinhos e adicionais direto na panela que é sucesso;
sementes como girassol, abóbora, chia vão super bem nas frutas, no pão, na tapioca… <3;
grãomelete é a versão vegana do omelete, feita com grão de bico, e tem sido meu desafio pessoal. Após alguns testes feitos com receitas que usam a farinha do grão de bico (super prática) eu venho aqui lamentar que não gosto do efeito (imagino que façam com o grão sem demolhar e trocar a água, ou seja, sem tirar um tanto dos fitatos, mas isso é papo pra outra news), nem do sabor (haja tempero!). E olha que ele fica lindo muitas vezes. A novidade no meu horizonte de testes e que tá me deixando animada é essa receita da Larica Vegana que usa o grão de bico demolhado;
tahine e pasta de amendoim (com selo pró-amendoim sempre) na veia!
Investir em vegetais também é ótimo! Viu o café da manhã da Sarah no nosso Insta? (CE)
Letrux e os animais
Anotou os 3 animais que falamos lá na entrada da news?
O álbum se chama “Letrux como Mulher Girafa”, homenageia vários animais e graças a comemoração de aniversário de uma amiga fui parar nesse show incrível no Sesc Pompéia. Cheguei cedo para abraçá-la e conversar antes do show, pois pretendia curtir de longe, sem aperto, sentada, tranquila. Minha amiga queria ficar na frente, cantar junto, olhar detalhes, se entregar à experiência de fã. Muito bem, quem disse que consegui sair dali da frente do palco? A banda é incrível!!! Considere seriamente ver um dia ao vivo. MARAVILHOSAS DEMAIS. E óbvio que derretemos com a queda do patriarcado no mundo da música. Além de Letícia nos vocais e composições, tem Navalha Carrera na guitarra e Jéssica Zarpey na percussão. Fiquei hipnotizada em muitos momentos, exausta, mas valeu demais, obrigada, Deusas!
Mais destaques:
no começo de “As feras, essas queridas” (nunca vou esquecer como foi ouvir isso ao vivo, queixo no chão!) amo como a letra diz “quem foi que disse que cobra precisa de asa”. É, baby, a cobra é perfeita do jeito que ela é!;
adorei a música “Aranha” que menciona a série de esculturas da artista Louise Bourgeouis (prints dos stories da cantora abaixo). De 1997 a 2018 você pode ter visto essa aranha no MAM, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Aranha essa que de alguma forma me deixou fascinada por todas da espécie, enquanto pode ter contribuído para deixar meu irmão um tanto aracnofóbico;
(O trecho que ela destaca no último print diz mais ou menos assim: Eu vim de uma família de reparadoras. A aranha é reparadora. Se você bater na teia de uma aranha, ela não fica brava, ela tece e conserta/repara.)
a música “Leões” é das minhas preferidas por inverter a lógica bizarra capitalista e especista da expressão “matar um leão por dia”;
o encerramento perfeito vou transcrever aqui:
{encerramento com a obviedade humana}
Você
Você não pensa que é bicho
Mas você é (haha)
Você não se identifica com um bicho, mas eu tenho que te avisar que tu é
Que tu é
Que tu é
Tranquilo, tranquilo
Sobre o teste do começo, ouve essa música aqui e me diz se fez sentido pra você?
O primeiro é o animal que você queria ser, o segundo, o que você é, o terceiro é como os outros te veem. Aqui bateu forte. Mas só consegui fazer depois do show…num momento suave, com essa mesma amiga, me fazendo até dançar os animais, sem lembrar da ordem que ela diz na música. Deixa um comentário pra gente! (CE)
Tem que ler Especial - Dica da Letrux
Com vídeo gravado e legendado pelo maravilhoso @oinstantequeexiste (ele tá sempre lendo brilhantemente autoras mulher, segue lá!). Ele captou o momento do show em que a Letrux leu um trecho do “Escute as feras”, livro impactante da Nastassja Martin. Já pensou ter sua cabeça dentro da boca de um urso? O livro vai mais ou menos por aí. (CE)
Nossa, faz tempo que não escuto a Letrux. Lembro que quando descobri ela fiquei hipnotizada!