O que é um peido para quem tá cagado?
Oi, !
Quanta merda! Que merda! Bosta!
Ninguém aguenta mais, não é mesmo?
Com certeza você usa ou já usou essas expressões para se referir à pandemia e/ou ao governo.
Nossos tempos estão realmente difíceis de digerir. Estão virando toxina dentro de nós.
A Feganismo de março vem para ajudar a enlutar, te movimentar, dar várias dicas e te dizer que a expressão que você está usando não é a mais adequada.
Cocô é bom, é essencial. Bem sabem os atores que se desejam sorte nos palcos.
A situação que estamos vivendo seria mais como uma condição de doença. Sugestões de substituição:
Que merda intalada! Que prisão de ventre! Diarréia fedorenta!
Que a gente consiga seguir o fluxo nutrição/eliminação, nos nutrindo do que vale a pena, lutando pelas causas certas e eliminando o que não nos serve.
Sarah e Cassimila
Vaca Profana
Em março, o Brasil completa 1 ano de quarentena. Não temos ideia de quantos meses mais, nem quantas vidas mais. Eu queria trazer para esta seção a história de alguma mulher que tenha perdido a batalha para a Covid-19 como forma de conscientização. Porém, não dá apenas para ser uma. Para este mês, nossa homenageada é a Débora Diniz, brasileira, criadora do perfil @reliquia.rum, que conta histórias de mulheres que morreram vítimas do coronavírus. Cada anúncio, uma breve poesia, uma pequena homenagem. Acho que não preciso dizer mais nada. .
(S.M)
Atividades para quarentena
Durante os primeiros meses de quarentena, ainda em 2020, eu, Sarah, larguei mão de fazer atividades físicas. Mantinha as aulas de yoga para não pirar, mas qualquer outra coisa simplesmente não existia. Como muita gente, fui fazer pão, bolo, cozinhei e comi o que eu queria. E bebi também. Álcool todos os dias. A consequência disso foi uma alergia alimentar a muitas coisas, que só descobri em meados de outubro quando fui procurar ajuda profissional. Eu acredito que não sou a única e queria deixar aqui algumas atividades que testei em casa ou na rua (sem contato com pessoas) para que você também não desista de se movimentar. Eu sei que nem sempre é fácil.
Aulas online de dança Afro com o Rubão: foram 6 meses de atividade intensa e de muitas descobertas sobre meu corpo. (Cassimila segue lá firme e forte fazendo as aulas junto com o pai de 81 anos e recomenda pra geral)
App da Nike: completamente gratuito e com muitas opções de aulas para fazer em casa. Sério, vale a pena testar!
Caminhada: coloca a máscara, guarda o álcool gel no bolso e leva o cachorro para dar uma volta.
Bicicleta: eu tirei a bike da garagem e passei a ir ao mercado e a consultas de bicicleta. É a melhor medida para as saídas essenciais.
Yoga de Quarentena: para quem não sabe, eu, Cassimila, sou professora de yoga e quarentenar me fez experimentar dar aulas online. Tenho feito isso com muito amor geralmente às sextas, 18h, para um grupinho de gente próxima. Quero abrir aqui para vocês também. São aulas bem relax e o valor vai todo para projetos sociais que os alunos escolhem. Se tiver interesse pode responder esse email. (C.E e S.M)
Veganes usam camisinha sim, El País!
Comecei lendo essa matéria do El País, sobre deixar de tomar pílula anticoncepcional, muito feliz e empolgada de ver tanto assunto que eu tenho consciência faz um tempo - mas era considerado hippie ou polêmico- exposto ali como se deve: com precisão. Vale a leitura. Daí, chegou a parte da camisinha e eu dei um grito “PAREM DE ZUAR OS VEGANOS”! Porque de novo eu vi o veganismo sendo nas entrelinhas taxado de chato ou sem noção. O que eu li nas entrelinhas? Veganos não usam camisinha porque não é vegana. O que eu acho que deveria estar mais preciso e nítido: veganos usam camisinha, sim, e pressionam as empresas a veganizarem produtos. Já existem camisinhas veganas? Sim, mas não tá fácil no Brasil. Vamos deixar de usar por que não é vegana? Nem a pau (hehe). Recomendo ver esse vídeo aqui.
E, como camisinhas veganas já vêm fazendo sucesso, esperamos não aparecer apenas entre as listas de mercado de luxo. (C.E)
Comida em extinção
Pitanga, jabuticaba, pequi, pinhão e ora-pró-nobis são alguns dos alimentos genuinamente brasileiros que podem ser extintos. Sim, você leu certo. Se você tem mais de 30 anos, provavelmente subiu em árvores de jabuticaba na infância e colheu pitangas diretamente do pé. Mas, essas frutas delicinhas podem não existir mais em uns anos. No caso da pitanga, como é uma fruta difícil de ser transportada aos supermercados, bem, você já pode imaginar o porquê do colapso, né? A mesma coisa com a jabuticaba, que segundo o mercado, é muito “perecível”. Esta matéria traz mais detalhes sobre o assunto. Para que isso não aconteça, uma das medidas é trazer estes alimentos à mesa para que voltem a fazer parte da cultura gastronômica do país. Neste link, mais detalhes sobre como evitar a extinção de alimentos. (S.M)
Tem que Ler!
“Eu só tinha muita vontade de morar sozinha por causa do banheiro. Minha mãe toma uns remédios que impedem de menstruar. Ela passa muitos e muitos meses sem menstruar, e eu achava isso uma coisa maravilhosa, porque menstruar e fazer cocô me pareciam coisas incompatíveis com a humanidade.
Tinha a impressão de que não era possível ser uma mulher bonita e desejada e amada e ao mesmo tempo, quando ninguém está olhando, simplesmente menstruar e fazer cocô.”
Em “se deus me chamar não vou”, Mariana Salomão Carrara encarna uma pré-adolescente de 11 anos (Maria Carmen) escrevendo suas confissões. É livro de devorar num dia só. Esse trecho foi um dos que mais me impactou, especialmente pelo caminho que ele toma (poupei vocês do spoiler). Em essência, é impressionante porque em alguma camada interna toda mulher já desejou não menstruar e/ou não cagar. Sobre menstruar, li faz pouco esse artigo precioso que a Laura me mandou, vale demais.
(C.E.)
A arte de cagar
Sobre cagar, vou te contar coisas importantes, além do "beba água e coma vegetais". As principais dicas de quem tem histórico de intestino preso e, ao contrário de Maria Carmen, sonha em cagar mais:
1 vez por dia é o mínimo. O tanto de refeições que entram é o tanto de pacotinhos que deveriam sair. Estudando ayurveda aprendi coisas muito importantes pra melhorar e sustentar essa ideia;
Posição faz a diferença, sim. Saudades de certos banheiros da Índia, mas vc pode adaptar com banquinhos para cagar na postura certa;
Existe uma tabela muito usada para classificação de cocôs. E isso pode ser uma medida da sua saúde;
Por fim, esse órgão é complexo, maravilhoso, doido por limpeza, cheio de bactérias, ESSENCIAL para uma boa imunidade e tem relação estreita com nossas emoções. Chega aqui com a Dra. Giulia. (C.E)