Veganos tomam vacina, sim!
Oi, !
Como vai essa ̶v̶a̶c̶i̶n̶a̶ *vida?
Com nossas tetas racionais, chegamos em 2021 dando aquela volta ao mundo alternativa com arte e comida, acendendo a chama da esperança com amor e compostagem, te protegendo dos surreais fake gurus, dos raios UVA e UVB e ainda, de quebra, com um calendário feministíssimo para você planejar seu ano (super dica da Sil).
Que não nos falte vacina (vamos parar com as fakes que veganos não tomam vacinas, please) e diversão <3
Beijos!
Cassimila e Sarah.
Vaca Profana
“Ay de mi Llorona, Llorona, Llorona” é uma frase famosa de uma música latina que, provavelmente, deve ecoar na sua memória. A canção já foi interpretada por diferentes cantores, homens ou mulheres, e a mais recente pela espanhola Rosalía. Porém, é para a “dona” desse clássico mexicano que quero outorgar nosso primeiro troféu Vaca Profana do ano, Chavela Vargas. Nascida na Costa Rica, Chavela se mudou para o México aos 15 anos, nos anos 30, em busca de melhores oportunidades. Sua carreira musical ganhou ascensão nos anos 50 e, num México ainda mais machista, subia aos palcos vestindo calças e camisa, tocando violão, contrariando o padrão das mulheres famosas daquela época. Maria Izabel, seu nome verdadeiro, nunca escondeu sua orientação sexual. Entre suas amantes conhecidas estão Frida Kahlo e Ava Gardner. As canções interpretadas por ela são consideradas clássicos mexicanos. Durante boa parte da sua vida lutou contra o alcoolismo e morreu aos 93 anos em 2012, três semanas depois de ter feito seu último show, na Espanha, com apoio de ninguém menos que Pedro Almodóvar, seu amigo íntimo. Vale a pena conferir o documentário “Chavela”, na Netflix. (S.M)
Fake Guru(s)
Há pouco tempo, postamos no nosso Instagram um apoio a uma campanha de mulheres contra o abuso no Yoga. Infelizmente, casos e casos de abuso espiritual acontecem e aparecem. Então, resolvemos fazer aqui uma pequena lista de filmes e séries que servem de vacina anti-guru.
Kumaré: apesar do questionamento ético, adoro essa pegadinha-documentário sobre a fé em gurus de barba com sotaque indiano.
Wild Wild Country (Netflix): série para devorar rápido sobre o famoso Osho.
Importante: envolve armas.
Bikram - Yogi Guru Predador (Netflix): já ouviu falar no tal do hot Yoga? Pois é...
Importante: contém abuso sexual.
Holly Hell: um cara malhado, de sunga, viciado em balé e, como guru, tem certas implicações especiais.
Importante: contém abuso sexual.
The Vow (HBO GO): vários famosinhos numa seita com cara de empresa de desenvolvimento pessoal.
Importante: contém abuso sexual.
Para reforçar a imunidade, confere aqui essa matéria sobre a farsa das “mandalas de mulheres” que indica esse vídeo bem esclarecedor. Eu já fui convidada três vezes (por mulheres diferentes), mas sou vacinada! (C.E.)
Baseado em fatos surreais
Existem histórias que a gente escuta que são tão boas, mas tão boas, que acabamos contando e reinterpretando por aí, mesmo que não sejam nossas, né? Quem nunca contou um causo que ouviu por aí, mesmo sendo um pouco mais comprometedor, mantendo o dono da história em segredo? Se você, assim como eu, ama um causo, toma uma recomendação de podcast delicinha para seus momentos livres: Baseado em Fatos Surreais. Marcela Ponce de Leon passa para frente aquela história maravilhosa, compartilhada por uma ouvinte. São sempre causos de mulheres, que ela chama de heroínas, mantendo suas identidades anônimas. Os episódios são curtinhos e para todos os gostos. Quero recomendar especificamente o “Caso do Cowboy”, que foi ao ar na véspera de Natal, e é uma história de recomeço que vai dar aquele empurrãozinho de esperança nesse comecinho de ano. Até dezembro de 2020, o podcast também contava com a participação da Sheylli Caleffi. Espero que goste! (S.M)
Tem que Ler!
“... eu estava cansada desse tipo de gente, talvez porque eu fosse igualzinha a eles. Pessoas que acham cafona ostentar bens materiais, mas que estão o tempo todo ostentando conhecimento, sem se tocar que não há diferença nenhuma entre fazer isso e sair por aí dirigindo um Porsche amarelo.”
A Teta Racional, da Giovana Madalosso, é meu atual livro de contos preferido. Que título, não é? A leitura flui fácil, todos os contos são envolventes, te deixam curiosa e alguns, como esse do trecho acima, geram uma identificação de doer. Recomendadíssimo! (C.E)
Mexendo na terra!
Plantar meu próprio alimento foi uma das coisas que mais me motivou a me mudar para uma casa com quintal. A mudança aconteceu nos últimos dias de 2020 e uma das minhas resoluções de Ano Novo (que eu costumo levar bem a sério) é começar uma horta. Meu primeiro passo, além de limpar todo o jardim que estava muito descuidado, foi começar minha própria compostagem. Eu sabia quase nada sobre isso. Ao pesquisar, me dei conta que precisava comprar ou fazer um lugar especial para colocar os resíduos, composto por três “andares” e com uma torneira para que o “chorume” saia. O “problema” é que eu só tinha um balde de areia para gatos vazio, sem muito $$ para poder investir agora. Encontrei uma possível solução aqui. A dica é: com um balde com tampa faça furos na parte de baixo, coloca um pratinho desses de vaso de planta mesmo e vai enchendo com camadas de resíduos orgânicos e terra. Se você não tiver um pratinho pode deixar o recipiente na terra mesmo e ir mudando de lugar para nutrir o solo. Eu não tenho ideia se vai dar certo desse jeito. Ainda estou no primeiro mês de tentativa, mas pareceu um jeito prático que pode ser feito mesmo por quem mora em apartamento. Prometo que eu volto aqui para contar o resultado. (S.M)
A resposta da composteira
Calma, o resultado da Sarah ainda não veio e pode ser que só em umas 4 edições. Mas, eu, Cassimila, tenho uma composteira em casa há 10 anos e minha experiência é maravilhosa. Investi mesmo (apesar que na época não era tão caro como hoje) numa dessas que vem prontinha com torneira e tudo e fomos felizes para sempre. Não deixa cheiro no apê. Você só vai precisar de muita gente que queira receber o adubo líquido e o sólido porque a produção é grande. (C.E)
Verão Vegano
Mesmo em isolamento, trabalhando de casa, tenho cuidado da pele usando filtro solar quase todo dia (sem me culpar pelos dias de falha). Claro que a exposição é menor, mas ainda assim, os raios vêm pela janela e pelas telas. Como o meu filtro tá acabando, como é verão nos trópicos, pensei em começar pesquisando meu próximo protetor (gosto de variar) e achei as dicas dessa super dermatologista diva e vegana o máximo. Acho que vou apostar novamente num filtro físico, que inclusive causa menos alergias. (C.E)
Tempeh - direto da Indonésia
Alimentos fermentados não são o forte da dieta nacional e podem parecer estranhos ao paladar. O tempeh é um fermentado de leguminosas, tipicamente de soja, tradicional da Indonesia e que vem ganhando espaço no mercado. Por aqui, conquistou meu coração todo. Sou muito fã e já experimentei várias receitas e tipos (gosto de todas). Tem um sabor forte e é muito importante saber temperar (quando não vem temperado). Não dá pum, mas ajuda o seu cocô. Como é muito proteico e tem textura densa pode substituir a carne no prato. Corre lá no nosso insta pra ver o jeito que eu mais gosto de preparar. (C.E)
Para se amar
A Dra. Kristin Neff é mais uma mulher doutora (que fez doutorado) fodástica das pesquisas de compaixão. O livro dela - Autocompaixão - é uma delícia, cheio de exercícios. Se você é mais dos vídeos tem muitos na internet (especialmente se você entende inglês dá pra ver o TED) e dá até para fazer o teste de autocompaixão do site dela. Se já quiser incluir práticas em áudio na sua vida, aproveita que essas duas Caróis, Bertolino e Nalon, fizeram tradução para o português de parte do protocolo Mindful Self Compassion. (C.E)